A violência crescente no Equador atingiu em cheio o futebol na última quarta-feira (23), quando a esposa e o filho do lateral-esquerdo Jackson Rodríguez, do Emelec, foram sequestrados em Guayaquil. Criminosos armados invadiram a casa do jogador durante a madrugada, e ele conseguiu escapar ao se esconder debaixo da cama. O paradeiro dos familiares ainda é desconhecido.
De acordo com a polícia local, indivíduos não identificados forçaram a entrada na residência e levaram pertences pessoais, dinheiro, além da esposa e do filho do atleta. Rodríguez, abalado, está sob proteção policial e já prestou depoimento às autoridades.
Em sua declaração, contou que se escondeu ao perceber a invasão e que os sequestradores perguntaram por ele antes de cometerem os crimes. Ele ainda informou ter visto uma caminhonete cinza de cabine dupla sendo utilizada pelos criminosos na ação.
O clube Emelec divulgou um breve comunicado afirmando que está acompanhando o caso de perto e se manifestará oficialmente assim que tiver mais detalhes confirmados.
A cidade de Guayaquil, localizada a cerca de 270 km da capital Quito, enfrenta uma grave crise de segurança. A região é considerada uma das mais afetadas pela disputa territorial entre narcotraficantes e organizações criminosas internacionais.
Na última semana, o governo equatoriano decretou estado de alerta máximo após informações sobre uma possível tentativa de assassinato contra o presidente Daniel Noboa, reeleito no início do mês.
Segundo a agência AFP, há indícios de que assassinos de aluguel estão se deslocando de outros países para o Equador com o objetivo de executar atentados. Diante do clima de tensão, o sequestro da família de Rodríguez reacende o debate sobre segurança e o impacto da criminalidade até mesmo no meio esportivo.