A ex-tenista Monica Seles, considerada uma das maiores jogadoras da história do esporte, revelou que convive há três anos com a Miastenia gravis, uma doença autoimune crônica que provoca fraqueza muscular, afetando especialmente músculos voluntários como os dos olhos, rosto, membros e responsáveis pela deglutição.
Em entrevista ao Good Morning America, Seles contou que percebeu os primeiros sinais ao sentir fadiga intensa e visão dupla durante treinos e atividades diárias.
“Como atleta, eu conhecia muito bem meu corpo. Quando comecei a sentir fraqueza extrema nas pernas e braços, sabia que algo estava errado. Receber o diagnóstico foi um alívio, mas também um grande desafio. Tem sido difícil lidar com isso, mas saber que existe esperança ajuda muito”, relatou.
A ex-jogadora afirmou que a doença mudou completamente sua rotina, tornando até tarefas simples, como viajar, mais complexas.
“Antes, viajar era simples. Hoje, preciso buscar dicas para arrumar as malas e reaprender a viver com a Miastenia gravis. Quero que as pessoas reconheçam os sintomas. É por isso que decidi me unir à Argenx no US Open, para aumentar a conscientização. Me senti muito sozinha e isolada”, disse.
Seles concedeu a entrevista poucos dias antes do início do US Open, que começa em 18 de agosto, nos Estados Unidos.
Natural da Sérvia, Monica começou a jogar tênis aos seis anos, treinada pelo pai, Karolj Seles. Aos nove, venceu seu primeiro torneio, e, aos 14, disputou sua primeira competição oficial. No ano seguinte, ingressou no circuito profissional, conquistando rapidamente seu primeiro título.
Sua trajetória, no entanto, sofreu um duro golpe em 1993, quando, durante um jogo em Hamburgo, foi atacada por um espectador, episódio que deixou marcas físicas e emocionais profundas.