Shandong Taishan é banido por dois anos de competições da AFC após desistência de jogo na Liga dos Campeões da Ásia

A ausência do time ocorreu poucas horas antes do início do confronto. Em comunicado à entidade, o Shandong alegou que diversos atletas apresentaram “sérios desconfortos físicos”, impossibilitando a montagem de um elenco mínimo para entrar em campo.

Diante da justificativa, a Comissão Disciplinar e de Ética da AFC decidiu aplicar uma punição severa. O Shandong está proibido de disputar torneios continentais de clubes até a temporada 2026/27. Além da suspensão, o clube foi multado em US$ 50 mil (aproximadamente R$ 260 mil), e terá de reembolsar a taxa de participação da competição, no valor de US$ 600 mil (cerca de R$ 3,12 milhões), além do bônus de desempenho de US$ 200 mil (R$ 1,04 milhão).

A AFC também determinou que o clube chinês pague uma compensação de US$ 40 mil (aproximadamente R$ 208 mil) ao Ulsan HD, em função dos danos e prejuízos causados com a desistência de última hora.

O episódio ocorreu dias depois de outra polêmica envolvendo o Shandong. Em um jogo contra o Gwangju FC, também da Coreia do Sul, torcedores exibiram imagens de Chun Doo-hwan, último ditador militar sul-coreano. O ato gerou revolta e foi duramente criticado na Coreia do Sul, especialmente por relembrar o massacre de Gwangju, ocorrido em maio de 1980, durante a repressão a um movimento pró-democracia liderado contra o regime de Chun. Estima-se que centenas de pessoas tenham sido mortas ou desaparecido na repressão. Em resposta, o clube anunciou o banimento de alguns torcedores envolvidos na ação.

Com o caso, o Shandong Taishan se vê no centro de uma crise esportiva e institucional que deverá impactar diretamente suas pretensões internacionais nos próximos anos.